Hoje, dia 17 de outubro de 2012, trabalhei normalmente e como sempre o Adair foi na escola me buscar. Quando entrei no carro ele me disse que minha mãe, Setembrina, tinha caído no banheiro, aproximadamente as 16:30. Fiquei bem nervosa e durante o trajeto para casa ele foi relatando o ocorrido, disse que foi chamado pelo Leandro e juntamente com o Leone eles colocaram a mãe na cama e chamaram a SAMU.
Neste meio tempo o Leandro ligou para sua mãe, nena, e disse para o Adair que ela já estava a caminho, ela foi junto para o hospital. foram para o Cristo Redentor, pois como a mãe havia caído es,te é o procedimento correto.
Chegando lá, não quiseram atende-la, dizendo que deveriam levá-la para o hospital Conceição.
A mãe foi internada e só a vi as 20:30 na hora da visita, fiquei triste quando ela disse que eu havia demorado, mas justifiquei que foi o procedimento do hospital, pois só deixaram entrar no horário da visita.
Nesta visita conversei bastante com a mãe, ela, como sempre, querendo me poupar repetia o tempo todo que estava sendo muito bem tratada. A única queixa dela foi que estava com a boca seca,e disse que não era permitido beber água. Neste meio tempo um paciente do seu lado chamou a enfermeira e pediu um frasco de água e enfermeiras disse que traria, porém seria apenas um.
Aproveitando este acontecido disse para a mãe que iria perguntar se ela poderia tomar água, falei com a enfermeira chefe e ela olhou no prontuário da mãe e sua resposta foi positiva, então, enchi um copo de água e levei para a mãe.
Nesta mesma vista estava a nena e a neca, elas conversaram com a mãe também. Neste dia fiquei tranquila, pois aparentemente a mãe estava bem. Fui para casa, pois de nada adiantava ficar no hospital, pois não deixariam fazer visita fora do horário.
Aproximadamente 22:30, recebi uma ligação do hospital, o médico me comunicou que o quadro da mãe havia se agravado, fomos para o hospital. Chegando lá, foi muito triste, a mãe estava sedada, com tubo de oxigênio, foi horrível...Não lembro o que o médico disse neste dia.
Eu e minhas irmãs, e o Adair e o Jurcelino, ficamos no hospital até aproximadamente as 6:00 da manhã. Já estávamos muito cansados e fui falar com a atendente, ela disse que não adiantava ficarmos ali pois só entraríamos caso houvesse alguma mudanças no quadro de saúde da mãe. E que, se fossemos embora eles entrariam em contato conosco caso fosse necessário.
Fui para casa, tentei descansar mais não consegui, não via a hora de ir ao hospital e conversar com médico.
As 11:00, do dia 17/10/2012, fui visitar a mãe no hospital, ela estava do mesmo jeito, sedada...Falei com médico, ele me disse que a mãe tinha tido o infarto mais forte que existe e me disse que seu caso era grave. Mostrou a bolsa de urina, com apenas algumas gotas, disse que sem o parelho respiratório ela não conseguiria respirar e que seu cérebro estava recebendo pouco sangue. Disse que, não fariam nada para prolongar sua vida e sim para amenizar o seu sofrimento, diante da situação concordei com ele, pois não queria ver minha mãe padecer em cima de uma cama de hospital. Fui para casa com coração apertado.
Em casa não consegui dormir, a visão da mãe daquele jeito não saia da minha cabeça, e ficava pensando o que iria acontecer com ela. Foi então que me apeguei a Deus e pedi que, se fosse para minha mãe ficar sofrendo que ele a levasse, pois ela não merecia isso, acredito que ninguém mereça, mas a mãe já tinha sofrido tanto.
As 15:30 o telefone ligou, fiquei com o coração apertado, era do hospital, pediram para ir urgentemente até lá e levar um documento da mãe. Eu ainda tinha esperança...
Liguei para a neca, ela disse que iria junto, passei na casa dela e a peguei e fomos para o hospital.
Chegando lá, deixaram eu e ela entrar, na porta da sala laranja recebemos a notícia pelo próprio médico, não sei se era o mesmo que assinou o óbito da mãe. De uma certa forma foi uma surpresa para nós, pois no dia anterior a mãe estava conversando, respirando sem problemas, e de uma hora para outra acontece isso...a neca ainda questionou sobre isso, pois a mãe estava bem falante quando falamos com ela da última vez.
O que me conforta é pensar que ela esta melhor do que estava em vida.
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